sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mini Flash Back Escolar.


Comecei a escrever a história da minha vida acadêmica partindo da educação infantil. Depois me veio à ideia de começar pelo início da minha formação acadêmica que é justamente onde eu estou agora. Começarei citando um trecho de Rubem Alves uma pessoa admirável pela qual tenho muita estima. Diz assim:

Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dar sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um completo em sim mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de se escrever sobre a alma em cuja memória se encontra coisas eternas, que permanecem...]Alves, Rubem, 2004, p.89.

Estou onde sempre quis estar, todo ano sempre as mesmas promessas “ano que vem entro na faculdade.” Um dia tomei uma decisão, vou estudar!
Apesar das dificuldades resolvi enfrentá-las, e estudar está sendo um desafio constante, estou no 1º semestre e já pude ver o quanto eu quero seguir em frente, eu gosto desse ambiente de sala de aula, dos debates...
Terminei o 3º ano do ensino médio em 2002, não lembro quase nada daquela época, sei que a educação era a tradicional centrado no professor que passava os assuntos com atividades em sala de aula mesmo, lembro dos colegas de classe, eram bem interessados todos prestavam atenção na aula, pois era o ultimo ano e logo após viria à universidade, então o papo era sério.
Eu lembro que na época eu estava muito feliz, pois os colegas interagiam e todos estavam sempre dispostos a aprender, lembro que naquele mesmo ano, tivemos a ideia de fazermos outra camisa, além do uniforme tradicional da escola, uma colega teve a ideia de homenagear Jorge Amado e escolhemos uma frase dele que dizia: Temos plena convicção de que em breve podemos fazer muito mais do que hoje somos capazes.
Surgiram outras opiniões Che Guevara, Nelson Mandela, Gandy... Mais achamos a frase interessante, pois dizia muito do que queríamos fazer após o ensino médio.
No 2º ano do ensino médio tínhamos a professora de geografia que debatia temas atuais, os conflitos que atormentam o nosso país, as causas, as soluções, fazia a gente ler jornal, a ler mais sobre diversos assuntos, dentre eles a economia e política, debatíamos em sala de aula, essa metodologia de ensino me deixou muito surpresa, pois em minha opinião este método de ensino é bem mais proveitoso, todos partipam e é possível esclarecer dúvidas no momento oportuno.
Havia o professor de química que realizava pesquisa de campo, que eram feitas também na praia. Essa é uma questão bem pensada, sair da sala de aula e ir a um ambiente natural do assunto abordado.
No 1º ano do ensino médio havia menos interesse na turma,e por eu ter tido uma excelente 8º serie, foi tranqüilo.
Bom, 8º série estudava a tarde. Havia atividades lúdicas, feira das nações, que era organizado por turma e cada representava um País, proposto pelo professor, Que orgulho era fazer parte dessa turma.
Não gostava de matemática mais a forma diferenciada do professor me ajudava muito, pois ele passava em cada carteira explicando o assunto e era impressionante como todos ficavam entretidos.
Ah! A professora de língua portuguesa tinha uma forma diferente de ensinar as interpretações de texto levava musicas para que pudéssemos entender a letra, eram belas musicas, pois passei a gostar muito mais depois que ela nos apresentou. Toquinho, Vinicius, a bossa nova completas, ela passava o assunto de forma clara, Os conselhos que ela ensinava diante da vida, bem interessante...
7º série estudava à tarde também, e no ato da matricula, cheguei a pensar que não me acostumaria nunca, pois já estava habituada ao turno da manhã, naquele ano não havia 7º e 8º, turno matutino. Mais o contrário do que eu pensava, foi uma das experiências mais surpreendentes, pois eu me concentrava nos assuntos de todas as matérias inclusive de matemática.
Sinto falta da minha 7º série, sinto falta do Colégio Rotary, foi o ano mais gostoso do tempo de escola.
6º série matutino este foi no Colégio Estadual Governador Lomanto Junior.
Tudo normal nesta série conhecia a maioria dos colegas e professores, fase muito tranquila ou realmente não me lembra coisa alguma.
5º série esta é a minha segunda 5º série mais preparada depois do choque que foi eu ter perdido no ano anterior, lembro que perde em duas matérias e resolvir que este ano de 1996 seria diferente, focalizei as matérias perdidas do ano passado e estudei mesmo.
5º série, esta eu perdir em duas matérias, fui para recuperação mais não adiantou passei em educação física e perdir em matemática. Esta fase eu estava com 12 anos de idade e as amizades influênciavam muito a ficar na rua brincando e muitas vezes não fazia os exercícios, Filha de pais separados não tinha disciplína para estudar depois veio à fase dos namoradinhos, e atenção com os estudos foi zero. Eu lembro que fiquei com vergonha de repetir a série, pois quase todas as minhas amigas haviam passado de ano, e eu decide que o ano seguinte seria diferente.
4º série, esta fase foi bastante complicada, pois fui para conselho de classe, fui para a recuperação, não passei e voltei para o conselho de classe novamente, no dia do resultado final a professora me aprovou mediante muitos estudos nas férias, pois a série seguinte seria muito difícil pra mim.
Eu tinha dificuldade de aprendizagem assim foi revelado em muitas das reuniões escolares que a minha responsável frenquentava, lembro que eu fiz reforço escolar, e matemática era um bicho de sete cabeças, os professores eram atenciosos.
Lembro que certa vez fui a um passeio escolar promovido pelos professores, fomos a um clube, era de manhã bem cedo eu me recordo que neste dia acordei sem reclamar estava bem disposta, pois nos dias normais eu acordava com preguiça e fazendo “corpo mole” pra não ir à escola, mais neste dia foi diferente.
Ao chegar ao clube a professora responsável nos alertou da piscina, que tínhamos que ficar na parte rasa. Com meia hora depois eu esqueci o aviso e fui em direção a parte funda e me afoguei, foram alguns segundos que pareciam ser horas, vieram os salva-vidas e depois disso eu tive e tenho até hoje trauma de piscina.
3º série Feira de ciências com exposição de bichos, gincana de matemática, dia da leitura onde cada aluno escolhia a lição para ler em voz alta para os colegas e éramos sempre orientados pelo professor.
Houve um tempo que a merenda escolar era servida em sala mesmo e acho que ao terminarmos ficavamos em sala, sem recreio, não lembro muito bem mais talvez esse método tenha sido adotado por causa dos colegas que não tinha um bom comportamento no recreio, mas depois foi normalizado.
A disciplína que eu mais gostava era ciências, os exercícios eram respondidos no próprio livro e sempre na hora de corrigi-lo, a professora chamava de um a um em sua mesa.
2º série, Educação tradicional os assuntos eram leves, pois tive ajuda das minhas coleguinhas da rua onde morava brincavamos de escola e eu sempre fazia o papel da aluna.
1º série, antes de ir para escola uma Tia que na época era responsável por mim,
Ensinou-me a ler e escrever e também me encentivava a brincar de escola com as amiguinhas, Ela pretendia me matricular e gostaria que eu já tivesse noção de algo, também aprendir a ver as horas no relógio e a matemática.
Eu comecei a estudar muito tarde, deveria ter uns oito anos e meio de idade e quando eu entrei numa sala de aula não estranhei muito, pois a minha Tia já havia me ensinado muita coisa e eu lembro que eu até ajudava os outros coleguinhas nos exercícios.
Eu havia estudado outra 1º serie antes, só que não me lembrava de nada, pois tive que largar no meio do ano por conta de problemas familiares, lembro que no primeiro dia de aula minha mãe teve que ficar na sala de aula comigo até eu me adaptar, eu chorava muito e todos os coleguinhas me olhavam e eu morta de vergonha, acho que 2 horas depois eu me acalmei e minha mãe pode ir embora.
Antes de ir a essa escola, eu fui a “banca” como naquela época era chamado o reforço escolar, a pessoa que me ensinava não tinha paciência alguma e muitas ultilizava a “palmatória.” E até uns puxões de orelha quando eu não acertava os exercícios,
Eu chorava muito e hoje eu classifico essa difilculdade como déficit de atenção, certo dia tomei coragem não sei de onde, e sair correndo deixando àquela senhora em apuros, eu disse a minha mãe que não gostaria de voltar para aquele lugar.
Na Educação Infantil não chorei e fiz logo amizade era uma escolinha particular, eu amava aquele lugar, havia brincadeiras lúdicas que brincavamos o tempo todo, o papel de ofícil, a tinta guache, o E.V.A, giz de cera, e o que mais gostava era a massa de modelar, lembro que havia um horário específico pra cada atividade, adorava o horário do recreio quando todos em suas carteiras tiravam o lanche da lancheira aquele cheirinho de suco, eu toda feliz, pois minha mãe me deu uma lancheira rosa que eu amava. Ela me pegava na escola e eu ficava ansiosa pra voltar novamente.
Eu deveria ter uns quatro anos nessa ocasião, lembro-me da festa de amigo secreto, eu sair para comprar um presente que foi uma boneca linda enorme, e eu sentir que minha mãe fez um esforço muito grande para comprar, mas eu cheguei feliz na festa, estava tudo tão colorido com bolas de assoprar gigantes, as paredes enfeitadas com papel crepon, havia barquinhos feitos de cartolina, muitos doces, quebra pote...
Mas eu não me contentava, e queria mesmo era abrir os presentes e saber logo o que ganharia, e só pensava em minha amiga secreta, talvez tivesse tido mesma ideia de comprar uma boneca tão linda quanto a que eu comprei, e por ironia achei de atirar a minha chará e foi a mesma pessoa que me tirou, lembro da felicidade que foi dar a boneca a ela, e da tristeza quando recebi o meu presente, um brinco bem pequeno. Eu agradeci e voltei a brincar.
Tive pouco convívio com a escola, talvez seja esta a razão por eu ter escolhido o curso de pedagogia, embora tão distante eu prometo seguir a frase de John Dewey, um grande filosofo e pedagogo norte-americano, que diz: A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno precesso de aperfeiçoamento, amadorecimento, refinamento.


Patrícia Lobo

Nenhum comentário:

Postar um comentário